domingo, 29 de junho de 2008

O último pecador

O filho de Deus, amante da carne. O hipócrita descomedido de estereótipo fixo e alma oscilante. Questionando o que não tem resposta, esperando o que não merece, mais caindo do que levantando, mais cedendo do que lutando. Que atos, por mais louváveis que sejam, poderiam equiparar o mais sutil dos meus erros que atentam contra a santidade de Deus? Como pode um jovem manter pura sua alma? Guardando Sua lei? A lei é absoluta! Como permanecer em pé diante do trono de um Deus justo que é fogo consumidor?

Em mim, nada há de íntegro, nada de justo, nada de reto. Quisera ser o que às vezes pareço. Perdido? Jamais! Porque embora às vezes seja amante da carne sou filho é de Deus. Porque a alma embora oscilante, não é fôlego meu. Mesmo questionando sigo esperando. Caio, e quando não consigo levantar, Ele vem à terra e me socorre no chão. Não há nada no mundo que possa me salvar, não a dignidade que mantenha alguém em pé diante da justiça de Deus. Mas aleluia porque existe uma saída, glória a Deus porque não é o final: GRAÇA! Ela é maior do que o pecado, é incondicional. A lei pode ser absoluta porque a graça também é absoluta! A graça é o que de mais doce há no evangelho, ela é a certeza de que Deus me ama mesmo sendo eu ainda o último pecador.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Por que sorrimos quando alguém nos abraça?

Por que sorrimos quando alguém nos abraça?
Seria pela segurança, pela ajuda ou pelo conforto? Não, ninguém sorri por estar seguro, ser ajudado ou ficar confortável. Essas são razões mais racionais e a razão raramente faz sorrir o coração. As pessoas sorriem quando brota sentimento, quando ele é maior do que o corpo e não se contendo em ser só pra si transborda num sorriso compartilhando a alegria com todos.

Mas porque tanto alegria em um simples abraço?
Eu acredito que exista um diálogo entre os corações, onde a linguagem não é feita de palavras, mas de sentimentos. Quando se abraçam, os corações amigos podem ouvir o cochichar um do outro, trocando segredos, acalentando as aflições, transmitindo paz. Não nos deixam ouvir ou compreender, mas nos permitem sentir a reciprocidade dos nossos sentimentos por quem gostamos.


Então é isso?
Não, embora bastasse o maravilhoso diálogo dos corações amigos, não é só isso. O abraço tem um trunfo, ele ultrapassa a esfera dos sentimentos e da razão e corajosamente se arrisca nos terrenos da ação. Seria belo sentir verdadeiramente, extraordinário dizer com sinceridade, mas é excelente demonstrar.

Tantos abraços já recebi em minha vida, alguns mais inexperientes, outros mais confiantes, uns inesperados outros extremamente aguardados. Cada abraço é único porque cada pessoas é única. De uma coisa eu tenho certeza: Abraçar é muito bom!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Dia dos Namorados

Esse é meu décimo sétimo dia dos namorados solteiro. Envolto em meus pensamentos, numerei três breves críticas relacionadas ao “mau namoro”. Certamente será chato e frio para alguns, mas não faço questão de agradar a todos:

Em primeiro lugar, sou contra o namoro precoce. Geralmente ele ocorre antes de a pessoa definir seus princípios e conduta, sendo assim guiada completamente por um impulso cego que coloca a afeição numa escala superior a da razão. Essa paixão dominante e egoísta rouba muitos dos amigos, que deveriam ser de toda forma conquistados e valorizados nessa fase. Sem se falar nos perigos e traumas causados por um sentimento sem razão.

Sou também contra o namoro fácil por necessidade. Deixar-se cativar facilmente faz-nos perder o valor e conseqüentemente ferir a própria auto-estima. Instintos devem ser controlados, e quando não são, conspiram contra a razão deixando sem fundamento firme os sentimentos, que em vez de abrilhantar a vida passam a enegrecê-la.

Em terceiro, sou completamente contra e me incomoda o uso vulgar que muitos namorados fazem do “eu te amo”. São incontáveis os casais que fazem livre uso do termo em seus primeiros meses de relacionamento. “É um termo abundantemente usado, mas não compreendido. A atração ou fascinação de um por outro não é amor e não faz jus a esse nome. O verdadeiro amor tem base intelectual, através de um profundo conhecimento da pessoa amada.” EGW, Carta a jovens namorados, pág.36.

O bom namoro é uma benção, por esse espero ansiosamente. Mas sinceramente, do namoro precoce (que creio agora, já não ser o meu caso) e do namoro por necessidade prefiro me abster. Feliz Dia dos Namorados!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Sobre a Amizade

São poucos os assuntos que me fascinam tanto quanto a amizade. Sem dúvida, já escrevi sobre este mais do que qualquer outro assunto. Iniciarei minha jornada pelos caminhos da amizade nesse Blog com uma breve introdução:

Antigamente a palavra “amizade” definia relacionamentos a beira da perfeição, era usada cautelosamente pelo grande valor que em si carregava. Foram poucos os que atingiram em seus relacionamentos o ideal proposto pela palavra, tanto que existem alguns ensaios e idealizações sobre o assunto, mas são raros os testemunhos de uma verdadeira amizade. Um exemplo disso é a Bíblia, que tão vasta em temas apresenta somente um relato detalhado de amizade entre humanos, e o faz abismando leigos no assunto com termos como “a alma de Davi se ligou a de Jônatas”.

Ao transcorrer da historia, o real significado de amizade foi se esvanecendo e ela passa agora a abranger todos os relacionamentos saudáveis humanos. Seria de minha vontade recuperar a grandeza autêntica da palavra amizade, mas para isso haveria necessidade de encontrar outra forma de classificar os bons relacionamentos que não são amizade, colegas. Por experiência, prefiro manter a inversão de valores caracterizando a amizade que beira a perfeição como verdadeira, não porque as outras sejam falsas, mas porque essa denota o primitivo sentido da palavra.

Nos textos sobre a amizade, ponderarei alguns de seus níveis e seus benefícios, mas enfatizarei e celebrarei o dom da amizade verdadeira. Amantes dessa encontrarão aqui refúgio; Candidatos, auxílio; Solitários, esperança.